Exportações de celulose em risco: Brasil pode perder espaço nos EUA

Uma decisão recente do governo dos Estados Unidos pode trazer sérios impactos para a economia brasileira, especialmente no setor de celulose. O presidente Donald Trump anunciou uma nova tarifa de 50% sobre as importações do Brasil, medida que atinge em cheio empresas como a Suzano, uma das maiores produtoras de celulose de fibra curta do mundo.



O que está em jogo para o Brasil e a Suzano

A Suzano é responsável por cerca de 55% da celulose de fibra curta usada nos Estados Unidos, exportando aproximadamente 2 milhões de toneladas por ano para aquele país. No total, o Brasil fornece 78% da celulose consumida pelos americanos. Ou seja, o impacto dessa tarifa não será pequeno.

Segundo o banco Goldman Sachs, 19% da receita líquida da Suzano vem do mercado americano. Isso representa uma fatia muito grande para ser redirecionada rapidamente para outros países sem prejudicar a logística, as margens de lucro e os contratos de longo prazo já firmados.

Desafios para manter a competitividade

Com a nova tarifa de importação, a empresa terá que buscar alternativas rapidamente. Mas a realocação não será fácil. Países como Chile e Uruguai até podem ganhar espaço, mas a produção total deles somada é de 9,5 milhões de toneladas por ano, o que não é suficiente para cobrir o buraco deixado pelo Brasil.

Além disso, mudar os destinos dessas exportações pode gerar custos extras, desorganizar o planejamento logístico e reduzir a margem de lucro da companhia. A Suzano, que tem uma forte atuação na América do Norte, especialmente em celulose e papel, pode ver sua presença enfraquecida nesse mercado-chave.

Efeitos no mercado global de celulose



Esse tarifaço pode causar uma reação em cadeia. Com o aumento dos custos para os americanos, é possível que empresas busquem fornecedores alternativos ou invistam em produção doméstica. Isso abre espaço para novos concorrentes e pressiona ainda mais a posição brasileira no setor.

Em resumo, essa nova política americana pode:

  • Reduzir as exportações brasileiras de celulose para os EUA

  • Forçar a Suzano a buscar novos mercados com pressões de preço

  • Aumentar a concorrência com países como Chile e Uruguai

  • Prejudicar a logística e os contratos de longo prazo

O futuro da celulose brasileira nos EUA

A situação ainda é incerta, mas o alerta está aceso. A Suzano, símbolo da força da indústria brasileira de papel e celulose, precisará se adaptar rápido para proteger sua liderança. Enquanto isso, o Brasil como um todo observa com atenção os desdobramentos desse novo capítulo da relação comercial com os EUA.

Se você acompanha o mercado de exportações brasileiras, fique de olho. Este é um momento decisivo para entender como medidas internacionais podem mexer com setores inteiros da economia e afetar diretamente empresas de destaque global.

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